Resenha da palestra - “Ensino de Estatística, Matemática (Probabilidade) com recursos tecnológicos (Planilhas)”
Nome: Rafaela Beatriz Ritter
Em palestra proferida no XVI Erematsul (Encontro Regional dos Estudantes de Matemática da Região Sul), realizado de 03 a 06 de junho de 2010 na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o ilustre professor Lori Viali, tratou do tema “Ensino de Estatística, Matemática (Probabilidade) com recursos tecnológicos (Planilhas)”
Segundo Lori Viali “O ensino com recursos computacionais deve tirar proveito deste recurso. O maior erro é querer reproduzir o ensino tradicional com o computador. A prioridade deve ser a interação aluno x recurso e não mais o diálogo professor x aluno. Ao professor cabe a tarefa de preparar atividades (flexíveis) para serem abordadas de maneira a tirar proveito do novo meio.”
Em uma aula com recursos tecnológicos o aluno deve ensinar a máquina, mostrar ao computador, por exemplo, como que devem ser feitos os cálculos, usar a imaginação e o raciocínio. Em aula, os computadores não devem ser como estes carrinhos automáticos os quais apertamos um botão e o carro anda sozinho, pois então a aula não terá serventia, faltará aprendizagem.
Desvantagens do uso de recursos tecnológicos no ensino, segundo o professor Viali:
Não temos total domínio sobre uma máquina, gerando insegurança. Durante a aula podem ocorrer diversos imprevistos, por exemplo: o computador trava, a rede não funciona, software não foi instalado, programa congela, o computador está bloqueado com senha. Pode acontecer também de o data show ser instalado atrás da porta, já imaginaram? Cada pessoa que entrar na sala vai tapar a visão dos outros, conforme relata Lori baseado em sua experiência.
Além de Professor, o “cara” deve ser:
Zelador: fechar a sala, ligar e desligar tudo.
Monitor: resolver as dúvidas além de explicar o conteúdo.
Técnico: consertar mouse, teclado e computador emperrado.
Bedel: chamar alguém para arrumar.
A internet pode ficar lenta ou até mesmo parar de funcionar e então passar a ser uma “jabutinet”. Tecnologias sem o suporte ideal passam a ser muitas vezes um desperdício causando perda de oportunidade da aceleração da aprendizagem.
Na sala de aula o professor tem apenas um quadro e giz e no laboratório dispõe de trinta máquinas para gerenciar. O que seria mais cômodo?
Todavia, quando a opção é utilizar a tecnologia, a Matemática, especificamente, dispõe de diversos programas para o ensino, segue alguns exemplos:
- Winmat - Permite a operação com matrizes.
- Winplot / Graphmatica - Permite a construção de gráficos de funções.
- Cabri-geometry - Desenvolvimento de figuras geométricas.
Também há os programas como Maple, Mumath, Reduce, Máxima, Axiom, entre outros.
O professor pode optar pela utilização de algum destes programas em aula, porém, é impraticável ser competente em todos eles, pois existem muitos softwares, que demandam tempo e disponibilidade. Além de ser preciso aprender a utilizá-los, os programas devem ser instalados em todas as máquinas que serão usadas e a escola ou universidade precisa dispor de recursos financeiros se quiser adquirir alguns destes softwares.
Se o professor ou a escola não dispuserem de todos os meios para a utilização dos softwares, podem optar pela planilha eletrônica que faz quase todas as coisas que os programas fazem, e possui diversas vantagens.
Vantagens do uso da planilha eletrônica no ensino, segundo o professor Viali: a base da planilha já vem instalada, não há necessidade de perder tempo com instalação de programas; as planilhas são flexíveis, interativas e expansivas, podendo desempenhar diversas funções; também são programáveis, aceitam macros e programação. Além disso, as planilhas eletrônicas são onipresentes no mercado de trabalho, podendo ser útil para compor currículo e aumentar a vantagem na competitividade do mercado.
Planilha eletrônica, ou folha de cálculo, é um tipo de programa de computador que utiliza tabelas para realização de cálculos ou apresentação de dados. Cada tabela é formada por uma grade composta de linhas e colunas. O nome eletrônica se deve à sua implementação por meio de programas de computador. No Brasil, estas tabelas são chamadas de planilhas. Em Portugal são chamadas de folhas de cálculo.
Dan Bricklin foi o idealizador e criador da primeira planilha eletrônica do mercado. Foi durante seu mandato como aluno que ele concebeu a idéia e concepção para a planilha eletrônica, unindo-se com o seu amigo Bob Frankston para fazer a programação. Juntos, eles fundaram a Software Arts, Inc., em 1979, onde Dan atuou como presidente de 1979 a 1985. O produto que eles produziram, VisiCalc, é creditado como sendo um dos principais catalisadores que provocou o rápido crescimento da indústria do computador pessoal.
As principais planilhas existentes (atualmente) no mercado são: Excel, IBM Lotus, Gnumeric, Google Docs e Open Office.
Utilizando os softwares aprenderemos algo que raramente será aproveitado no mercado de trabalho. Aprender a utilizar a planilha eletrônica é importante tanto para conhecimento quanto para compor currículo. É difícil encontrarmos uma proposta de emprego onde peçam Winmat, por exemplo. Se você analisar os classificados de emprego de um jornal, com certeza estarão solicitando conhecimento básico ou avançado em Excel ou Open Office.
Não usar recursos tecnológicos no ensino é cômodo, pois demandam paciência, persistência e “jogo de cintura”. Contudo, a palestra também nos mostra que há vantagens na utilização de alguns recursos, como, por exemplo, da planilha eletrônica. Quem trabalha na área administrativa de uma empresa, sabe que realmente é necessário ter conhecimento e o quanto este conhecimento é aproveitado.
Parabenizo o ilustre professor Viali pelo assunto escolhido para apresentar em sua palestra, que se diferenciou da maioria que falava em educação para séries iniciais ou modelagem Matemática e por enfatizar a importância no ensino, tanto médio quanto universitário, de algo tão utilizado e solicitado hoje em dia, que é o conhecimento em planilhas eletrônicas.
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